Stan Lee, roteirista e editor da
Marvel Comics, morreu aos 95 anos. A filha de Lee confirmou a morte nesta segunda-feira (12). Ele passou mal em sua casa em Los Angeles, nos EUA, e foi levado ao hospital, onde morreu. Ele sofria de pneumonia e de problemas nos olhos.
Stanley Martin Lieber nasceu em 1922, em Nova York, nos Estados Unidos. Começou a trabalhar em HQs com o pseudônimo de
Stan Lee em 1939, contratado por John Goodman, fundador da Timely Publications e primo de sua mulher, Joan.
Ele se tornou um dos nomes mais importantes dos quadrinhos americanos ao criar super-heróis como
Homem-Aranha,
Thor,
Hulk,
X-Men,
Pantera Negra,
Homem de Ferro,
Doutor Estranho e
Demolidor. Roteirista e editor da
Marvel, foi um dos responsáveis por transformar a empresa na maior editora de quadrinhos do mundo a partir de 1961.
Após a mudança do nome da editora, primeiro para Atlas Comics, e depois para
Marvel Comics, Lee revolucionou o mercado de quadrinhos ao modernizar o gênero de heróis com criações para um público mais velho, como o lançamento de “
Quarteto Fantástico”.
Com dramas familiares e heroísmos que utilizavam elementos de ficção científica, as histórias ajudaram na fama de personagens mais complexos e realistas da
Marvel em relação à sua principal concorrente, a
DC. O mesmo aconteceu com o
Homem-Aranha em 1962, um jovem adolescente que dividia suas aventuras com problemas no colégio e contas a pagar, e que se tornou um dos heróis mais populares dos quadrinhos.
Em parceria com artistas como
Jack Kirby e
Steve Ditko, Lee ainda criou outros personagens icônicos, como
Hulk,
Thor,
Homem de Ferro e
Demolidor. Em 1963, com a cabeça no movimento por direitos civis de negros no Estados Unidos, lançou os
X-Men, uma equipe de mutantes que eram marginalizados e hostilizados pelos humanos.
Dos quadrinhos para cinema e TV
Em 1981, Lee transformou seus heróis em desenhos animados exibidos por emissoras de TV. Quando a
Marvel Comics e a
Marvel Productions foram adquiridas pela
New World Entertainment em 1986, os horizontes do quadrinista foram se expandido ainda mais.
Lee teve a oportunidade de se envolver mais profundamente na criação e desenvolvimento de filmes e seriados. Ele constantemente fazia aparições nas produções do estúdio.
"Meu pai amou todos seus fãs. Ele era o melhor homem e o mais decente", comentou a filha do editor, Joan Celia Lee.
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